quinta-feira, novembro 29, 2007
sábado, novembro 17, 2007
desassossego
Chegou até mim o cansaço dos sonhos... Tive ao senti-lo uma sensação externa e falsa, como a de ter chegado ao término de uma estrada infinita. Transbordei de mim não sei para onde, e aí fiquei estagnado e inutil. Sou qualquer coisa que fui. Não me encontro onde me sinto e se me procuro, não sei quem é que me procura. Um tédio a tudo amolece-me. Sinto-me expulso da minha alma.
Assisto a mim. Presenceio-me. as minhas sensações passam diante de não sei que olhar meu como coisas externas. Aborreço-me de mim em tudo. Todas as coisas são, até às suas raízes de mistério, da cor do meu aborrecimento.
Estavam já murchas as flores que as Horas me entregaram. A minha única acção possível é i-las desfolhando lentamente. E isso é tão complexo de envelhecimentos!
A mínima acção é-me dolorosa como uma heroicidade. O mais pequeno gesto pesa-me no ideá-lo, como se fora uma coisa que eu realmente pensasse em fazer.
Não aspiro a nada. Dói-me a vida. Estou mal onde estou e já mal onde penso em poder estar.
O ideal era não ter mais acção do que a acção falsa de um repuxo - subir para cair no mesmo sítio, brilho ao sol sem utilidade nenhuma a fazer som no silêncio da noite para que quem sonhe pense em rios no seu sonho e sorria esquecidamente." in livro do desassossego Bernardo Soares
sexta-feira, novembro 16, 2007
lembrei-me
como vês, não me esqueci de nada, e nem me esquecerei!!
(aqui fica um poema do livro que ando a ler... pensei em só por um excerto mas depois seria uma crime cortá-lo, por isso aqui fica... )
Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para a glória...
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
Se te queres matar, porque não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e posses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fim?
De te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?...
Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto aqui que calculas...
Muito mais morto aqui do que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da Tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste:
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem,
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheçes,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
E assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pele névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
Faróis distantes,
De luz subitamente tão acesa,
De noite, no convés, que consequências aflitas!
Mágoa última dos despedidos,
Ficção de pensar...
Faróis distantes...
Incerteza da vida...
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido...
Faróis distantes...
A vida de nada serve...
Pensar na vida de nada serve...
Pensar de pensar na vida de nada serve...
Vamos para longe e a luz que vem grande vem menos grande.
Faróis distantes...
sábado, novembro 10, 2007
M Fans - actualização
a sócio: diana lopes
vogal do conselho fiscal: Manuel Rodrigues
Pede-se à presidente e a vice-presidente que aprovem ou não as candidaturas a sócios ou a outros cargos pendentes...
obrigada
p.s. Sua Eminência ao ler o comentário da presidente do Seu club afirmou:
quinta-feira, novembro 08, 2007
um pc atrasada :p
1 - tenho k lavar as mãos sempre que venho da rua... odeio pegar nas coisitas cá de casa com as "mãos da rua". é como se trouxesse cá p'a dentro as energias negativas da sociedade...
2- tb tenho a panca das calorias e inf nutricionais... e antes de comprar um produto já fiz imensas comparações entre as várias marcas ...
3 - tenho um ritual, qd vou a terrinha (entre outras coisas) faço sempre questao de me sentar no chão e partir amêndoas... adoro! :)
4 - chinelos? grrr só em casa... não consigo andar com isso na rua (mt menos com chuva martita)... há qualquer coisa mal com esse calçado... alem disso nao protege os pés e nao consigo suportar pó nos pés durante mt tempo... parece k ando com os pés sujos... detesto...
5 - no metro... vou sempre na 2ª ou na penultima carruagem... num local onde possa ter uma visão global da mesma... acho k assim me sinto mais segura... como se pudesse controlar os passos do ppl k entra e sai! :)
6 - faço outra coisa, k não deve ser comum ao cidadão normal.... qd entro em casa dos meus pais... não chamo por eles... assobio... e a resposta vem no mesmo código! ;) é mt fixe ;)
7 - odeio abrir pacotes de leite... e se isso acontece logo de manha... grrrrrrr fico logo mal disposta... mas depois vejo o =) da te e o meu dia melhora ;)
8 - adoro comer fruta... mas jamais depois da refeiçao.... nao percebo... nao consigo... tenho k comer antes... e sabe mt melhor :)
9 - lol mensalmente compro a minha revistinha de culinaria... mm nunca cozinhando... acho k continuo a espera do dia certo... :s
10 - por fim... ao contrario da grande maioria de raparigas da minha idade...nao gosto de perfumes... nao me agrada a ideia de ser confundida ou comparada com alguem pelo cheiro... e vice-versa...
e tudo! (embora mts mais se pudessem seguir à 10ª lol) :p
ps: venham mais desafios...
terça-feira, novembro 06, 2007
M Fans Club
Vice-presidente: Catarina Lemos
Conselheiro: Jojozito
Aspirantes a sócio:
Ana Coito
Adriana Azevedo
Marta Faria (ocasionalmente)
João galante
Ricardo figueiredo
Para pertencer ao harém de sua Eminência tem de se seguir os seguintes estatutos:
1. Deus existe na terra sobre a forma de Marco. ("Deus não existe apenas existe Marco" - citação de sua eminência);
2. A Entidade Superior tem SEMPRE razão;
3. A sua orientação espiritual é providenciada pela Entidade Superior;
4. Defender a Sua existência e a Sua credibilidade perante qualquer acusação;
5. Jamais interromper um "screensaver" da Entidade Superior;
6. Atacar qualquer membro pertencente ao IMFC (Inimigos do Marco Fans Club, presidente Teresa, vicepresidente Teresa, sócia confusa Marta Faria);
7. Não estragar ou danificar o santuário de Sua Eminência (LTI);
8. Visitar, pelo menos uma vez por semana, o santuário divino;
9. Não esquecer a data de nascimento da Entidade Superior (da qual eu não me lembro, mas ele acha que eu me lembro);
10. Adorar a venerar acima de tudo e de todas as coisas a Entidade Superior - MARCO!
11. Viver cada citação de Sua Eminência intensamente.
SLOGAN : "A minha importância é intrínseca à minha existência" - Marco