sexta-feira, junho 12, 2009

retirei este post do bloe www.quandochegarescrevo.blogspot.com. descreve bem o que eu sinto sobre as últimas eleições!!!



É uma bela quarta-feira, e anda toda a gente doida de paixão.Com o quê, com o rescaldo das eleições para o Parlamento Europeu. E quando o fumo se dissipou, o que se viu?O PSD foi o partido mais votado e eles agora já acham que toda a gente os quer para alguma coisa.O PS perdeu metade dos votos que tinha e por lá andam todos com cara de póquer a tentar fingir que não se importam com isso.O Bloco de Esquerda recebeu o terceiro maior número de cruzes.Amm... Desculpe, pode repetir?Sim, ouviu bem, aparentemente o BE é terceira força política de Portugal.O eleitor jura que tem feitos esforços, hercúleos, desumanos, para tentar compreender isto.Estarão as pessoas tão fartas dos partidos políticos, que resolvem votar noutra coisa qualquer?Poderá o BE chegar mais longe? Poderá... argh... vencer umas eleições?Tudo bem, o país pode respirar de alívio, se eles fossem eleitos não iriam governar (ou assim diziam, agora já vão hesitando e gaguejando outras respostas).O que o eleitor não entende, na sua mente limitada, é porque é que o partido dos tarados dos ultra-nacionalistas é gozado e mal visto, e ainda bem, e depois o trotskismo inconsequente e extremista do BE já é uma maravilha. Não entende.Mas então, será pelo discurso de apoio e acção social? Esse nunca é demais, e infelizmente há muita gente que precisa, mais do que ouvir, de receber esse apoio.Mas no BE parecem fazer de propósito para tornar esse discurso numa paródia de si próprio. Indo por aí o eleitor prefere a visão mais coerente, ainda que utópica e repetitiva, do PCP.Mas então? Nem tudo pode ser mau, ou as pessoas não votariam. Alguma coisa têm de ver neles. Além do mais ninguém está sempre errado, há sempre nem que seja umas migalhas correctas. Portanto, até mesmo com o BE, por incrível que pareça, há coisas positivas.Para começar, os partidos deviam olhar para o exemplo do BE, no que toca actividade, reinvindicação, empenho. Pura e simplesmente, trabalho.Nas sessões do plenário nunca está nem metade do corpo de deputados. Com a excepção da votação do orçamento, a maioria dos lugares está vazia. Ou com deputados a dormir. Será só o eleitor que acha isso vergonhoso?E depois querem que as pessoas se identifiquem com a política, ou não pensem que eles estão lá só para os 'tachos'... Andarão estes ausentes a servir os interesses de quem votou neles? Talvez alguns até tenham faltado porque andam no 'terreno' e sejam mais úteis aí, o que é certo é que os do BE estão lá sempre, e não se calam. E as pessoas reagem a isso.Claro que os outros partidos têm uma coisa a favor. Quando abrem a boca dizem coisas coerentes. E isso, quando é para governar um país, ajuda. Enfim, é uma opinião.Mas de tal modo as pessoas estão desiludidas com a classe política, que acabam por votar nos tipos que dizem os maiores disparates, só para ver alguém que se mexa.Contudo, a teoria do eleitor também diz que se todos os que votam no BE ouvissem com atenção, mas com atenção, o que se eles se propõem implementar, pelo menos metade iria mudar a sua escolha para, bom, outra coisa qualquer.Existe ainda outra questão, pouco pacífica também.É uma questão de moda. Votar BE é moda. É bacano, todos os miúdos fixes fazem.Pronto, seja, é um país livre, e também o eleitor também já seguiu modas, e de forma cega.Muitas e muitas vezes foi ele todo contente a imitar os outros, quando começava a época do iô-iô.Mas lá está, hoje em dia já só mexe num iô-iô se lhe apetece. Ou, vá, quando os outros meninos lhe abafam os berlindes.Modas, o eleitor confessa, é algo que por vezes é aborrecido de aturar. Não se sabe porque começam tão depressa, porque acabam ainda mais depressa, nem de onde surgem aberrações como comprar iogurtes para cagar mais depressa.Mas a questão aqui é mais séria. Serão então as modas perigosas?Uma coisa são calças descaídas até ao chão e a ver a cueca, que, diga-se de passagem, o eleitor não vê mal nenhum. Ou até mesmo os atrasados que nos transportes públicos põem o telemóvel em altos berros a tocar música, esta sim já chateia.Mas outra coisa bem diferente é quando a ideologia e a política entram na jogada, aí começa o caso a ser mais grave.É um exagero? Não convence do perigo potencial das modas?A isso o eleitor responde que por causa da moda das revistas de gajas vestidas com photoshop, esta semana recebeu 5 vezes as fotos da Ana Malhoa para a Playboy.Ah pois, e quando o caso é de saúde pública, também não é perigoso???

Miguel Cipriano

1 Comments:

Blogger Rita Cipriano said...

Parece que sentimos todos o mesmo.

2:20 da tarde  

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